quinta-feira, 14 de outubro de 2010

UM PRÊMIO E UM CASTIGO BEM MERECIDOS

UM PRÊMIO E UM CASTIGO BEM MERECIDOS


Demorou trinta e dois anos para o criador da fertilização in vitro, o biólogo Robert Edwards, ganhar Prêmio Nobel de medicina e fisiologia. Ele e seu parceiro nas pesquisas, o obstetra Patrick Steptoe, que não teve a mesma sorte, morreu em 1988, possibilitaram o nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta. A menina concebida em laboratório nasceu saudável há trinta e dois anos, vive normalmente e deu naturalmente à luz um filho, hoje com três anos.
Por razões político-religiosas a Academia não reconhecia o seu mérito. “Ter um filho é a coisa mais importante da vida”, dizia quando era atacado e criticado por membros de igrejas que até hoje tentam de todas as maneiras coibir o avanço das pesquisas que possibilitam a muitas pessoas inférteis ou que não possam conceber pelas vias naturais por qualquer outro motivo, realizar o sonho de gerar um filho.
A igreja sempre buscou conter e controlar o seu rebanho com discursos obsoletos e administrando a manutenção da ignorância, punindo aqueles que ousam pensar além ou que têm ideia desviante da sua doutrina. Interessante é que tudo evolui. Até os animais pela simples necessidade da vida procuram se adaptar ao meio, mas a igreja se mantém austera, implacável, intransigente e continua se baseando em argumentos cheirando a mofo que ninguém sabe com certeza quem escreveu, para controlar os cordeiros de Deus. Sem contar as incoerências com o que apregoa, pois o livro dos livros contém textos eróticos tais como: “Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Ló embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia” (Gênesis 19:31); “Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2); “ O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela, preferia o prazer solitário” (Gênesis 38:9). Do nome dele vem o termo onanismo que significa masturbação; “Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudade dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque seus amantes tinham as carnes como de jumentos e cujos fluxos eram como de cavalos” (Ezequiel 23:20).
Felizmente a decisão da Academia, é sinal de que, embora tenha demorado muito, desde que o homem começou a utilizar melhor os recursos natos que caracterizam a inteligência, esteja, finalmente, se libertando dos grilhões dos dogmas que tentam obscurecer a realidade com historinhas que ninguém viu acontecer. Talvez seja porque a igreja cochilou e deixou vir à tona a incoerência que vivia escondida debaixo da batina dos clérigos, revelando os atos obscenos e perversos praticados por alguns de seus representantes, homens comuns com deformações psíquicas, cujos crimes tentam acobertar. Desde quando é assim?

Mario Rezende

terça-feira, 12 de outubro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

QUEM PODE, PODE. QUEM NÃO PODE SE SACODE

QUEM PODE, PODE. QUEM NÃO PODE SE SACODE


Um governador e sua turma de comparsas rouba em Brasília. Finge-se que foi preso até cair no esquecimento e depois é visto passeando pelo centro da capital apertando a mão de pessoas que, só pode ser por isso, vislumbram a possibilidade de tirar proveito de uma benesse qualquer ou são da mesma laia.

Um jovem deputado que já perdera a carteira de habilitação, da qual não precisa por ter cometido outros delitos, alcoolizado e armado com seu carro em alta velocidade, muitas vezes acima da máxima permitida, degola um rapaz que vislumbrava futuro promissor, seguindo caminho diferente e muito mais difícil (os bancos das escolas) do que o do seu privilegiado assassino, garantido pela desaforada imunidade parlamentar que concede incoercibilidade a senadores, deputados federais e estaduais (eles só podem ser presos em flagrante e por crimes inafiançáveis). Assim, se quiser matar alguém, contrate um parlamentar.

Parentes e amigos de juízes e promotores usam o benefício da proximidade e engendram enredos maquiavélicos para se livrarem de um estorvo, qualquer que seja, até um filho que atrapalhe a vida amorosa. Às vezes são punidos, mas sempre se dá um jeitinho de abrandar a pena, afinal eles não são iguais. Para os outros, muitas vezes, apenas a suspeição dá cadeia. Que justiça é essa que faz a diferença entre os homens?

Por causa da possibilidade de uma casta legislar em causa própria, e de ganharem outros privilégios, muitos querem ser políticos, mesmo que não saibam o que e como vão fazer. Aliás, isso é o que menos importa. Afinal, quem pode, pode. Quem não pode se sacode.

Mario Rezende

O ELEITOR E O SUFRÁGIO

O ELEITOR E O SUFRÁGIO


Hoje foi dia de votar. Dia de eleger deputados, senadores, governadores e até presidente. Acordei contrariado porque, além disso, estava chovendo. Aquela chuva fininha que, dá a impressão, molha mais que a grossa. Esta parece que é mais espalhada, a fininha cai unida e encharca. De qualquer forma existe o guarda-chuva, que apesar de ser útil, é inconveniente e a maioria das pessoas não gosta de usar. Eu pelo menos evito e só uso quando não tem jeito mesmo. Ele protege da água que vem de cima pelo menos até a altura das pernas. A que vem de baixo, quando alguém pisa firme numa poça ou pelos lados, jogada por um motorista mau caráter, só um palavrão para aliviar, mas mesmo assim ficamos molhados. Azar dos pés, que não temos como proteger e ficam à mercê da chuva e das poças. Antigamente existiam as galochas que funcionavam como capas para os sapatos, permitindo aos pés se manterem secos, como o próprio nome já dizia: anidropodoteca (galocha era o nome popular).
Mas o maior motivo da minha contrariedade é mesmo ter que sair de casa para cumprir a obrigação de votar. O principal instrumento democrático que incoerentemente é obrigatório, denuncia que vivemos sob um regime autoritário disfarçado. Pelo fato de ser imposto já não é muito simpático. Se não fosse assim, poucos se disporiam a perder tempo para se deslocar até a urna. Não bastasse, ainda temos que engolir a palhaçada do horário eleitoral gratuito, apesar de que podemos desligar a televisão. Mas a maioria gosta desse tipo de coisa. Tudo é motivo para festa, aposta. Fica torcendo para que o candidato em quem ele votou chegue em primeiro, acompanhando a contagem dos votos como se fosse concurso de escolas de samba. Discute, sai no braço, deixa de falar, ganha inimigo e até mata. Pior que o sujeito, geralmente, nem conhece a pessoa pelo qual está se aborrecendo. Muito pior é que o único objetivo do candidato é se eleger para usufruir dos benefícios e de todas as mordomias inerentes àqueles que alcançam os três poderes. Depois, eleito, adeus, vai tratar de si, o eleitor que se dane. Se fosse ele faria a mesma coisa.
No caminho para a seção em que eu voto, um homem me abordou dizendo que é mendigo (ele disse mindingo, claro) há mais de dez anos e queria saber se poderia votar. Disse que nem sabe onde foi parar o título, mas queria votar no atual governo, porque pelo menos agora consegue almoçar por um real no restaurante popular e ele tem muito medo que alguém acabe com essa mordomia, então vai ficar mais difícil comer. Arrumar um real é mole, dez é quase impossível.
É por isso que eu voto nulo. Pelo menos do mal do arrependimento não padeço. Além disso levo a vantagem de que não careço decorar número de candidato, levar cola, etc. Também não preciso assistir a debates baixo nível, nem ficar com complexo de culpa se o governo do sujeito eleito não der resultado e ainda posso culpar os outros: “Tá vendo, quem mandou votar no cara?”

Mario Rezende

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A chave do sucesso

“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia.” (Deming, matemático, físico, estatístico e “consultor em gestão da qualidade”)

Iara Luna

sábado, 25 de setembro de 2010

Ando perdida ultimamente, estou viajando pelo território do incompreensível mundo da mente humana
 
Iara Luna

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Desculpem aos que te machucarem...



"Não importa quantos espinhos cravem em teu peito...
Plante um jardim ao lado e eles serão apenas a decoração..

Quando doerem a alma e lembrarem te as feridas...
Eles apenas acompanharão as rosas e as margaridas...

Desculpe aos que te machucarem...
Só assim verás os espinhos murcharem..."

Iara Luna

O beijo do vampiro





Na praia contemplava ao luar
mas no inconsciente a lhe esperar
E o vampiro noturno a passear
a vítima perfeita a procurar

Branca pele na praia via
Sangue novo a garganta pedia
num encontro o desejo surgia
com um passo os corpos,unia

Num imenso amplexo de loucura
sussurou palavras de condura
Teceu-me o espirito com brandura
E beijou-me na cara dura

Em um ósculo de melncolia
Tão doce gota de sangue caía
Enquanto o pulso fraco sentia
sob o luar sua alma transcendia.

Iara Luna

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sumida

Pessoal essa semana dei uma sumida pois estava particiando do XXI Simpósio de plantas medicinais do brasil, ainda estou meio sem ritmo...mas essa semana mesmo já volto por aqui ok...

Bjs
Iara Luna

A CORDA SEMPRE ARREBENTA DO LADO MAIS FRACO

A CORDA SEMPRE ARREBENTA DO LADO MAIS FRACO


Sempre que se reclama dos gastos do governo, vem à tona a questão do rombo da previdência. Será que ele existe mesmo? Os aposentados ganham tanto assim, que justifique o alarido? A última foi a questão do reajuste dos benefícios dos aposentados e pensionistas. O ministro da fazenda alegou que terá que fazer cortes, redução de despesas, uma série de peripécias para manter o equilíbrio fiscal. Impressionante!
Por que não se cogita de impedir os aumentos dos deputados e senadores concedidos em proveito próprio? Que tal começarem os cortes por eles? Acho que seria mais justo. Ninguém reclama das aposentadorias dos parlamentares, que pouco ou nada contribuíram, e dos funcionários públicos que têm direito a benefício correspondente ao salário integral e nem se pensou em alteração do critério. Por que será? Por que eles merecem mais que os aposentados trabalhadores. Eles também oneram os cofres públicos, proporcionalmente em percentual maior que os da iniciativa privada. O fato é que a corda arrebenta sempre do lado mais fraco.
Tem mais é que pagar, afinal o aposentado não tem culpa que os recursos foram mal administrados, pois eles foram descontados mensalmente durante mais de trinta e cinco anos da contribuição previdenciária e ainda levaram uma paulada com a instituição acintosa do fator previdenciário no governo do carrasco dos pobres, tirando-lhes o direito de receber o benefício na medida do que contribuíram por tantos anos.
Ninguém está livre, mesmo os que contribuem hoje para a aposentadoria privada, pensando em se aposentar com um bom salário, de no fim levarem calote e ficarem sem nada. Como de certa forma tem acontecido com os aposentados ao longo do tempo.
Os vagabundos aposentados nem podem utilizar a arma do voto, apesar de esta só ter munição em época de eleição, porque a maioria já passou da idade e não vota mais. Não podem fazer greve de fome pelos motivos óbvios. Muitos torcem para isso, verem os velhos mortos. O fato é que, apesar de tudo, eles estão conseguindo viver mais tempo para receber o benefício, antes de morrerem esqueléticos na cama de um hospital público.
Enquanto isso, gente sem cultura, alguém sabe quanto? O pensamento incoerente acha justo que filhas solteiras de militares recebam pensão vitalícia, que também saem dos cofres do governo. Talvez seja porque seus pais enquanto na ativa produziram muito (produziram?). Senão teriam que ser prostitutas como as pobres. Afinal elas não precisam e não sabem fazer nada e as pobres são prostitutas não porque precisam, mas porque gostam. Fazer sexo é bom né? Elas, filhas pensionistas, não dão para isso. Para ganhar a vida não.

Mario Rezende

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

QUEREMOS JUSTIÇA

QUEREMOS JUSTIÇA!


Enquanto estou escrevendo este texto, estão sendo julgados em São Paulo o pai e a madrasta, acusados de matar por estrangulamento e depois atirarem a menina Isabella, de cinco anos de idade, pela janela do apartamento onde moravam.

Como eu gostaria que a Isabella, na sua inocência, tivesse cometido suicídio cortando a rede com uma tesoura e depois atirando-se pelo vão, por qualquer motivo que tivesse influenciado a decisão de dar cabo da vida tão prematuramente! Assim, não teria que admitir um caráter monstruoso do pai, principalmente, afinal ela era parte dele.

Nada paga a dor de quem ama de verdade (neste caso não posso dizer de um pai) pela perda irreparável de um filho querido. Ou será que ele desejava se autoflagelar e escolheu aquela maneira horrível? Cruel enquanto perdurou a agonia (nem gosto de imaginar) da pequenina vendo seu próprio pai a quem talvez amasse e defendesse com a própria vida, se fosse o caso, dentro dos seus limites, impondo-lhe agressões físicas e emocionais que resultaram ou contribuíram para a sua morte com muito sofrimento.

Quando acontece uma tragédia desse tipo na sociedade, provocando o desmoronamento de uma de suas características primárias, prenuncia o perigo de ruir por inteiro, resultando no caos que infelizmente pode estar se aproximando.

Não é caso isolado, pois aconteceu outro caso no Rio de Janeiro, que contribuiu para obscurecer a expectativa para o futuro. O que estaria passando pela cabeça daqueles jovens quando arrastaram uma criança por sete quilômetros pelas ruas do subúrbio, enroscada no cinto de segurança do carro da mãe que eles haviam roubado?

A infeliz criancinha não conseguiu se desvencilhar do artefato que presume-se garantir a segurança caso aconteça acidentes.

Será que eles estavam com raiva do mundo porque não tiveram as mesmas oportunidades e não lhes concederam os mesmos favores? Acho que não, isso é desculpa de quem quer passar a mão por cima da cabeça de maus elementos. Em troca de que? Nem imagino! Suponho interesses escusos, mas não vêm ao caso. Não quero nem pensar no que acontecerá se todos os excluídos e menos afortunados agirem da mesma forma.

Por que aquela criança tinha que pagar pelos pecados do mundo?

Como eu gostaria que aqueles rapazes dissessem que não sabiam, que não ouviram os gritos lamentosos do menino nem das pessoas desesperadas que assistiram ao horripilante espetáculo; que não perceberam as manifestações de todo tipo, tentando dar-lhes ciência do que estava acontecendo, porque as pessoas não imaginavam pudesse ser ato de crueldade o arrastamento para a morte de uma criancinha como um boneco, representação de Judas, impondo a ele e à mãe, que assistia à cena, sofrimento e agonia inimagináveis.

A sociedade vai fazer justiça por conta desses crimes bárbaros. Mas que justiça? O que vai compensar a dor daqueles que perderam uma parte de si?O que pode fazer justiça? Olho por olho, dente por dente? Remorso e seus efeitos talvez sejam a maior penalidade. Mas será que pessoas capazes de cometer tamanha atrocidade são suscetíveis de remordimento? Acho que não.

Talvez a ciência possa, no futuro, minorar o sofrimento provocado por motivos iguais, fabricando um outro ser igualzinho por fragmentos de DNA e devolver a vida à pessoa assassinada (vamos pensar assim para não ficar muito complicado). Ainda assim, será feita JUSTIÇA?

Mario Rezende

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Trabalho

A produtividade resulta da eficiência do trabalho e não da maximização do esforço

Frederick Taylor

Aulas de Gestão Farmacêutica 

Iara Luna

Limites

Os limites estão onde você os enxerga...

... ás vezes é preciso fazer recortes na realidade

Iara Luna

sábado, 4 de setembro de 2010

PERSEVERANÇA

Por mais inóspita que seja a terra,
da planta perseverante brota a flor.
Cultive-a, para deslumbrar
pela imensidão da beleza florada.

Mario Rezende

domingo, 29 de agosto de 2010

E SE NÃO EXISTISSE A MONOGAMIA?


FONTE: REVISTA SUPERINTERESANTE


Mario Rezende


APARENTE X LATENTE


FONTE: REVISTA SUPERINTERESSANTE

Mario Rezende

APARENTE X LATENTE


FONTE: REVISTA SUPERINTERESSANTE

Mario Rezende

APARENTE X LATENTE


FONTE: REVISTA SUPERINTERESSANTE

Mario Rezende

APARENTE x LATENTE



fonte REVISTA SUPERINTERESSANTE

Mario Rezende

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O enigma de Kaspar Houser

Aqui vai uma dica de um filme alemão muito bom:
O enigma de Kaspar Houser (um filme de Werner Herzog)


Um menino aparece de repente em uma praça de Nuremburg com nada mais que uma carta endereçada ao capitão da cavalaria local, menino esse que não sabia falar, andava com a dificuldade de um bebê que está aprendendo a engatinhar. Fatos decorrentes de uma vida reclusa em um porão escuro, sem contato com o mundo. O menino era apenas alimentado por um senhor, desconhecido.

Não venho aqui tentar entender o porquê de ele ter sido enclausurado num porão, ou por que as pessoas iam vê-lo como se fosse uma atração circense.

A minha pretensão aqui é mostrar que o próprio Kaspar se via em um mundo estranho. A ingenuidade de uma criança, a vontade de aprender as palavras, as suas relações com os animais (dentre elas o medo). A maneira de Kaspar se relacionar com o mundo indica que a percepção do homem depende da sua prática no meio social. Pois Kaspar não é reconhecido como um membro da sociedade e ele próprio não se reconhece como parte dela.

Assim, observa-se que a natureza humana não é má, observa-se que há uma “domesticação” dos humanos de acordo com o meio social. O homem nada mais é do que um produto social, que pode receber diferentes molduras, sejam elas contundentes ou não.

“Na lápide de Kaspar Hauser, no cemitério de Ansbach, na Alemanha, há uma inscrição que diz: "Hic occultus occultu uccisus est." Quer dizer: "Aqui jaz um desconhecido assassinado por um desconhecido." Nada resume melhor o misterioso percurso da vida e morte deste homem.”
 Saboya, M. C. L. (2001). The Mystery of Kaspar Hauser (1812?-1833): A Psychosocial Approach. Psicologia USP, 12 (2), 105-116.

terça-feira, 24 de agosto de 2010


Mario Rezende

JUSTIÇA SEJA FEITA



Mario Rezende

domingo, 22 de agosto de 2010

Frágil



Porque essa mania de lutar contra algo mais profundo?
Não é medo, mas também não é solidão.
Busco a felicidade em qualquer infima coisa que vejo,
pois as grandes, esqueceram de me encontrar.
Há uma escuridão inexpressível em minha alma,
com uma moldura vazia e invisível.

Comecei a lutar com meus sentimentos e minha razão,
percebi que era possivel a mente dominar o coração.
Sei que ainda existem um turbilhão de sentimentos em mim
mas eles foram trancados, em algum lugar que já nem sei.

Me disseram uma vez que era como uma pérola,
única pedra preciosa que é produdo de uma dor,
é uma ferida curada.

E eu sigo em minha armadura blindada,
com minha estrutura de papel.

Iara Luna

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

POR QUÊ



Mario Rezende

Paraísos artificiais

“Parece improvável que a humanidade em geral seja algum dia
capaz de dispensar os “Paraísos Artificiais”, isto é,... a busca
de auto-transcendência através das drogas, ou... umas férias
químicas de si mesmo... A maioria dos homens e mulheres
levam vidas tão dolorosas -ou tão monótonas, pobres e
limitadas, que a tentação de transcender a si mesmos, ainda
que por alguns momentos é, e sempre foi, um dos principais
apetites da alma.”
AldousHuxley, 1894-1965

Iara Luna




Caverna

O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII da Republica, que é uma das mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, descreve a situação geral em que a humanidade se encontra. Para Platão, todos nós estamos condenados a ver as sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras, uma crítica à condição dos homens, escrito há quase 2500 anos, o que mostra a atemporalidade existente neste mito que nos inspira a reflexões até os dias de hoje. Com uma nova interpretação do mito podemos considerar que os estudantes que entram na universidade estão no mundo das sombras, o mundo sensível, e podendo nele continuar ou se libertar desta caverna, chegando ao mundo inteligível, da verdade, que é imutável e só se pode chegar com o pensamento.

Iara Luna

sábado, 14 de agosto de 2010


MULHER SAPIENS SAPIENS SAPIENS

Cerca de uma década depois da fase chamada balzaquiana, a mulherada está aí, em plena atividade, mostrando o seu interior macio numa explosão de sensualidade. Mas ao contrário do milho que só vira pipoca uma vez, a mulher inaugura a fase pós-balzaquiana cheia de experiência, porque ela teve a oportunidade de virar pipoca muitas vezes. Algumas caranguejeiras saíram de dentro do esconderijo, se depilaram e andam por aí, desfilando de new look, papando suas presas inexperientes, alimento saudável pra auto-estima e incentivo pra manter a fisionomia adequada neste mundo pelos free, pelos out.As pererecas consagradas deixaram de ficar de molho no brejo e, rejuvenescidas, depois de uma overdose de auto-estima saíram por aí em busca de sapinhos, na esperança de encontrarem um príncipe encantado, travestido de companheiro ideal, em substituição aos seus velhos e rechonchudos sapos que tiveram que aturar por causa da falta de pulinhos necessários e vão empurrando a menopausa pra frente.Por falar nisso, tem uma amiga minha, que está justamente nessa fase de dar uma guaribada, também com a finalidade maior do que trocar somente o visual, porque ela estava lá pensando na vida, depois de dar uns chutes nas bundas de uns e outros (alguns mereciam, antes, em outro lugar), até que de repente, “puff”, no seu brejo apareceu o príncipe. Não sei se era sapo, o fato é que ela segurou logo e foi pintando o bicho de Brad. Tomara que dê certo, estou torcendo por ela, apesar de que sou suspeito pra falar. Por causa disso, resolveu até botar anel e abandonar a solteirisse. Não sei se está dando saltos muito rápidos porque pintou aqui no meu brejo há pouco tempo, só sei que está em velocidade máxima, só para quando as paredes dos vasos ameaçam romper. Está correndo mais que o beep, beep, o papa-léguas. Dizem os entendidos (e os metidos a), que isso não é bom, vive mais quem não esquenta, como a tartaruga, pulsação quase parando. Também, não sei se toda essa correria é por causa da preparação pro corpo a corpo com Brad ou se é por conta do bread dela de cada dia que está cada vez mais duro de conquistar.De qualquer forma, a esperança é a última que morre. Mas não considere tudo ao pé da letra, porque lá no meu jardim, a esperança (pobre insetinho), foi justamente a que morreu primeiro, sob a sola de uma sandália Havaianas (não a minha, claro, porque não costumo dar chineladas à toa em bichinhos inofensivos que vivem no jardim e outros grilos, muito menos matar a esperança de alguém); talvez, por acreditar nos ditos populares sem pesquisar a razão deles. Esse da esperança, por exemplo, é bem antiguinho, vem lá dá época dos deuses e tudo por causa de uma mulher (elas estão sempre na parada), tal de Pandora.Algumas resistem mesmo, tenho que admitir, vivem paraplégicas, clinicamente mortas, mas não entregam os pontos, de jeito nenhum. Mesmo depois de fazerem a passagem, continuam como esperanças-fantasmas. Apesar de que tem hora que não dá pra segurar e tem que se soltar igual a panela de pressão, porque ninguém é de ferro, né? Encarar a situação de frente e ir à luta com seus próprios recursos naturais, porque tem coisas que quem está de fora não conhece, como hemorroidas, que ninguém vive dizendo que tem, apesar de que hoje, até isso está difícil de esconder, senão não se aproveita a vida. Aí eu tenho mais é que dar força pra ela. Vai fundo antes que o charco comece a secar, porque passa a ser dolorido e perde a graça, e o tesão também. Então, tem que aproveitar mesmo enquanto é prazeroso e gostoso demais...

Mario Rezende

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A história das coisas

Esse vídeo foi apresentado na Disciplina de Ètica e legislação farmacêutica, no período passado. Eu achei fantástico, e aconselho você a ver e recomendar sempre.

http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E

Nós que vivemos numa sociedade tão egoísta deveriamos pensar em algumas coisas:
De onde vem as coisas? e pra onde vão quando não nos servem mais?

Iara Luna

Silêncio




No silêncio eu podia ouvir o sussuro do lago derramando-se no mar
No silêncio eu podia sentir o riso do vento acariciando as árvores
No silêncio eu podia tocar as rachaduras do meu coração, uma de cada vez, mas sempre se entrelaçando

E de repente, o bater de asas de uma borboleta rompeu o meu silêncio gelado, e foi como se eu andasse em câmera lenta dentro do olho de um redemoinho, hipnotizada pelo fogo e envolvida pelo calor de seus braços

Iara Luna

domingo, 8 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

A cabana

Esse fim de semana li o livro A Cabana, e é muito lindo a mensagem que ele passa, em muitos trechos eu me via na história, como nesses listados abaixo:

"A escuridão esconde o verdadeiro tamanho dos medos, das mentiras e dos arrependimentos. A verdade é que eles são mais sombras do que realidade, por isso parecem maiores no escuro. Quando a luz brilha nos lugares onde eles vivem no seu interior, você começa a ver o que são realmente."


"...E algumas vezes, quando você é uma criança tentando sobreviver, ela fica realmente mais segura no seu interior. Depois você cresce por fora, mas por dentro ainda é aquela criança na caverna escura, rodeada por monstros, e como se habituou, continua aumentando sua coleção..."

"... Algumas pessoas tentam todo tipo de mecanismos de enfrentamento e de jogos mentais. Mas os mosntros continuam lá, só esperando a chance de sair..."

E eu sei, esses monstros realmente existem, é necessário ocupar a mente para deixá-los em estado de latência...mas quando eles tem uma brechinha, eles voltam, eles são as minhas lembranças.

Iara Luna

sexta-feira, 6 de agosto de 2010



Nem tudo é divisível
ou pode ser compartilhado.
Não se consegue dividir a saudade,
tristeza também não.
E a solidão, a alegria,
uma dor qualquer?
Não,
não se compartilha o subjetivo.
O amor também é único,
a medida do desejo de cada amante.
Ama-se, goza-se e deleita-se
na solidão,
só.

Mario Rezende

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Délicatesse



Travesseiro macio e quentinho, delicioso convite
Lençol de seda espalhado sobre o colchão, malicioso palpite
Duas almas, dois corpos e um sonho sem limite
Amar profundamente em sonhos, andar nas nuvens
Acalentar a fantasia, aprofundar nos segredos jovens

Iara Luna e Josemar

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Situação atual

Minha vida está em PDF com senha e sem permissão para impressão...
Sem mudanças, sem alteração...

Iara Luna

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A MELHOR DAS INTENÇÕES

ÀS VEZES A MELHOR DAS INTENÇÕES É PREJUDICADA PELO MEIO QUE SE USA PARA EXECUTÁ-LA.

Mario Rezende

AMIGO

Quando estamos em pedaços, nada como o ouvido de um amigo.
Quando estamos inteiros, nada como a companhia de uma pessoa agradável.

Mario Rezende

PARA SER O PRIMEIRO

Se você quer chegar primeiro, prepare-se muito ou comece antes.

Mario Rezende

domingo, 1 de agosto de 2010

Redenção

Eu sempre tive uma história na mente, um situação que volta várias vezes, mas eu nunca tinha tido vontade de escrevê-la... Mas o engraçado nessa história é que eu apenas sei o início e o final, então o meio eu vou criando aos pouquinhos aqui... 
I

21 de Outubro de 2009, Piracicaba

Eram quase sete da manhã quando Júlia, ainda deitada, olhou o relógio. Deu um pulo da cama, pois estava mais do que atrasada. Correu para o banheiro retirando o velho pijama e ligou o chuveiro, mas não passou nem 2 minutos sob a água gelada. Colocou o mesmo uniforme amarrotado de sempre e escovou os dentes. Não tinha tempo nem razão para comer.

Fechou a porta da entrada do pequeno apartamento que herdara dos pais e foi em direção ao ponto de ônibus da rua ao lado. Não havia problemas com os ônibus, pois quase todos passavam próximo a pousada onde trabalhava como faxineira. Júlia não era velha e muito menos feia, era o que passava pela cabeça dos rapazes ao vê-la naquela espelunca.

Com o mp3 no bolso da calça, ia escutando suas músicas prediletas até chegar ao ponto de ônibus. Era um misto de pop rock com rap, não sabia muito bem como definir sua preferência musical. Mas naquele momento a única coisa que escutava era o tic-tac do relógio de plástico do senhor ao lado. Já se passavam 5 minutos e nenhum sinal do ônibus. Estava ficando preocupada, apesar de chegar atrasada quase todos os dias no trabalho e nunca ser despedida por tal motivo.

Mas, aquele dia era diferente, estava sentindo uma sensação desconfortável, quem sabe um presságio para os mais supersticiosos...

                     ****************************************************

Do outro lado da cidade, Lucas acorda com o choro do irmão ecoando na sala. Eram sete irmãos morando naquele projeto de casa. E ele como mais velho, levantou rapidamente, afinal tinha que cumprir a sua rotina diária.

Tomou um demorado banho gelado, pois sabia que a partir do momento em que saísse pela porta da frente, não havia hora para voltar. Colocou as mesmas roupas de sempre, as únicas roupas arrumadas que possuía. Uma calça jeans preta e uma camisa pólo vermelha, com um tênis de uma marca famosa, falsificado. Pensou em comer algumas coisa, mas imaginou que se comesse, faltaria para algum dos irmãos menores. Arrumou os documentos numa pastinha de plástico e saiu.

Ia caminhando e cumprimentando os amigos que passavam por ele, era bem conhecido na região por ser um bom menino. Uma pessoa responsável que estava à procura de emprego. A única coisa que pensava naquele momento era se o que ia fazer era certo? Será que não existe outra saída? Mas aos poucos foi se lembrando de quantas manhãs saíra de casa com o mesmo pensamento, as mesmas dúvidas e soluções que até agora não haviam surtido efeito algum. Hoje estava determinado. Sabia aonde ir e o que fazer, apesar de um turbilhão de emoções aflorarem a sua mente.

Mas, aquele dia era diferente, estava sentindo uma sensação desconfortável, quem sabe um presságio para os mais supersticiosos...

Iara Luna

sexta-feira, 30 de julho de 2010

AL PERDERTE

Al perderte yo a ti,

tú y yo hemos perdido:
yo, porque tú eras
lo que yo más amaba,
y tú, porque yo era
el que te amaba más.
Pero de nosotros dos,
tú pierdes más que yo:
porque yo podré amar a otras
como te amaba a ti,
pero a ti nadie te amará
como te amaba yo.

Ernesto Cardenal


Mario Rezende

A DAMA DE VERMELHO

GOSTO MUITO DESTE FILME - AMÚSICA É UMA DELÍCIA, NÃO ACHAM?

Mario Rezende

Minhas loucuras...

Eu sempre tive uma idéia meio louca na minha mente...

Se juntarmos toda felicidade e prazer do mundo
Podemos subir nas nuvens e escorregar no mar?
Cair no vento e a brisa apreciar?

Iara Luna

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amo o jeito que você mente

Ai vai uma dica de uma música atual e bonita, aprecie um trecho:

Love the Way You Lie (Eminem feat. Rihanna)

Just gonna stand there
And watch me burn
But that's alright
Because I like
The way it hurts

Just gonna stand there
And hear me cry
But that's alright
Because I love
The way you lie

Iara Luna

BOLHAS DE SABÃO


BOLHAS DE SABÃO


Muitas bolhas de sabão
eu soprei na sua direção:
uma cheia de carinho
atingiu os seus cabelos
como se fosse a minha mão.
Outra era um sorriso
carregado de alegria
para animar o seu dia.
Uma bem sugestiva
armada de sedução,
isca do meu desejo,
para chamar a sua atenção.
Outra nos seus lábios,
um beijinho bem roubado.
Desfilaram junto ao seu rosto,
meus olhos refletidos nos seus,
a esperança e suspiros,
galanteios, muitos sorrisos,
beijos, beijos, beijos doces,
coloridos e de todos os tipos,
esperando acontecer.
Mas aquela especial,
carregada de amor,
estourou em seu peito,
bem pertinho do coração.

Mario Rezende

Qual o nosso verdadeiro valor?

Recentemente li isso, bem interessante:

Um cientista inglês fez estudos especiais sobre o valor químico do ser humano e chegou a conclusões bem curiosas. Com a gordura de um corpo adulto saudável, pode-se fabricar sete sabonetes; nosso organismo tem açúcar suficiente para adoçar uma xícara de café e ferro para fabricar um prego de tamanho médio; o fósforo existente no organismo daria para tirar uma fotografia. Além de outros materiais sem importância, mais de quarenta por cento do corpo humano é água. Se tudo isso fosse tranformado num referente monetário e vendido como matéria-prima, daria em torno de 10 dólares.

Então estamos bem cotados não é?...

Iara Luna

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Primeira postagem no blog...
E porque não começar falando de amor? Algo que a pouco tempo atrás, eu não seria capaz de fazer...

O que é viver o amor?

Viver o amor ...
... é viajar no tempo
... é se perder nas horas
... é tropeçar no mar

Viver o amor ...
... é sentir o vento
... é desejar auroras
... é velejar no luar

Viver o amor ...
... é pulsar o coração
... é tecer de seda o véu
... é de dia, sonhar

Viver o amor ...
... é sorrir sem razão
... é tocar o cèu
... é simplesmente amar

Iara Luna