quinta-feira, 31 de março de 2011

MULHERERS

IMUNIDADE PARLAMENTAR

A IMUNIDADE PARLAMENTAR É ELEMENTO INTANGÍVEL MAIS PODEROSO QUE A KRIPTONITA.


Mario Rezende

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

UM PRÊMIO E UM CASTIGO BEM MERECIDOS

UM PRÊMIO E UM CASTIGO BEM MERECIDOS


Demorou trinta e dois anos para o criador da fertilização in vitro, o biólogo Robert Edwards, ganhar Prêmio Nobel de medicina e fisiologia. Ele e seu parceiro nas pesquisas, o obstetra Patrick Steptoe, que não teve a mesma sorte, morreu em 1988, possibilitaram o nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta. A menina concebida em laboratório nasceu saudável há trinta e dois anos, vive normalmente e deu naturalmente à luz um filho, hoje com três anos.
Por razões político-religiosas a Academia não reconhecia o seu mérito. “Ter um filho é a coisa mais importante da vida”, dizia quando era atacado e criticado por membros de igrejas que até hoje tentam de todas as maneiras coibir o avanço das pesquisas que possibilitam a muitas pessoas inférteis ou que não possam conceber pelas vias naturais por qualquer outro motivo, realizar o sonho de gerar um filho.
A igreja sempre buscou conter e controlar o seu rebanho com discursos obsoletos e administrando a manutenção da ignorância, punindo aqueles que ousam pensar além ou que têm ideia desviante da sua doutrina. Interessante é que tudo evolui. Até os animais pela simples necessidade da vida procuram se adaptar ao meio, mas a igreja se mantém austera, implacável, intransigente e continua se baseando em argumentos cheirando a mofo que ninguém sabe com certeza quem escreveu, para controlar os cordeiros de Deus. Sem contar as incoerências com o que apregoa, pois o livro dos livros contém textos eróticos tais como: “Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Ló embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia” (Gênesis 19:31); “Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2); “ O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela, preferia o prazer solitário” (Gênesis 38:9). Do nome dele vem o termo onanismo que significa masturbação; “Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudade dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque seus amantes tinham as carnes como de jumentos e cujos fluxos eram como de cavalos” (Ezequiel 23:20).
Felizmente a decisão da Academia, é sinal de que, embora tenha demorado muito, desde que o homem começou a utilizar melhor os recursos natos que caracterizam a inteligência, esteja, finalmente, se libertando dos grilhões dos dogmas que tentam obscurecer a realidade com historinhas que ninguém viu acontecer. Talvez seja porque a igreja cochilou e deixou vir à tona a incoerência que vivia escondida debaixo da batina dos clérigos, revelando os atos obscenos e perversos praticados por alguns de seus representantes, homens comuns com deformações psíquicas, cujos crimes tentam acobertar. Desde quando é assim?

Mario Rezende

terça-feira, 12 de outubro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

QUEM PODE, PODE. QUEM NÃO PODE SE SACODE

QUEM PODE, PODE. QUEM NÃO PODE SE SACODE


Um governador e sua turma de comparsas rouba em Brasília. Finge-se que foi preso até cair no esquecimento e depois é visto passeando pelo centro da capital apertando a mão de pessoas que, só pode ser por isso, vislumbram a possibilidade de tirar proveito de uma benesse qualquer ou são da mesma laia.

Um jovem deputado que já perdera a carteira de habilitação, da qual não precisa por ter cometido outros delitos, alcoolizado e armado com seu carro em alta velocidade, muitas vezes acima da máxima permitida, degola um rapaz que vislumbrava futuro promissor, seguindo caminho diferente e muito mais difícil (os bancos das escolas) do que o do seu privilegiado assassino, garantido pela desaforada imunidade parlamentar que concede incoercibilidade a senadores, deputados federais e estaduais (eles só podem ser presos em flagrante e por crimes inafiançáveis). Assim, se quiser matar alguém, contrate um parlamentar.

Parentes e amigos de juízes e promotores usam o benefício da proximidade e engendram enredos maquiavélicos para se livrarem de um estorvo, qualquer que seja, até um filho que atrapalhe a vida amorosa. Às vezes são punidos, mas sempre se dá um jeitinho de abrandar a pena, afinal eles não são iguais. Para os outros, muitas vezes, apenas a suspeição dá cadeia. Que justiça é essa que faz a diferença entre os homens?

Por causa da possibilidade de uma casta legislar em causa própria, e de ganharem outros privilégios, muitos querem ser políticos, mesmo que não saibam o que e como vão fazer. Aliás, isso é o que menos importa. Afinal, quem pode, pode. Quem não pode se sacode.

Mario Rezende

O ELEITOR E O SUFRÁGIO

O ELEITOR E O SUFRÁGIO


Hoje foi dia de votar. Dia de eleger deputados, senadores, governadores e até presidente. Acordei contrariado porque, além disso, estava chovendo. Aquela chuva fininha que, dá a impressão, molha mais que a grossa. Esta parece que é mais espalhada, a fininha cai unida e encharca. De qualquer forma existe o guarda-chuva, que apesar de ser útil, é inconveniente e a maioria das pessoas não gosta de usar. Eu pelo menos evito e só uso quando não tem jeito mesmo. Ele protege da água que vem de cima pelo menos até a altura das pernas. A que vem de baixo, quando alguém pisa firme numa poça ou pelos lados, jogada por um motorista mau caráter, só um palavrão para aliviar, mas mesmo assim ficamos molhados. Azar dos pés, que não temos como proteger e ficam à mercê da chuva e das poças. Antigamente existiam as galochas que funcionavam como capas para os sapatos, permitindo aos pés se manterem secos, como o próprio nome já dizia: anidropodoteca (galocha era o nome popular).
Mas o maior motivo da minha contrariedade é mesmo ter que sair de casa para cumprir a obrigação de votar. O principal instrumento democrático que incoerentemente é obrigatório, denuncia que vivemos sob um regime autoritário disfarçado. Pelo fato de ser imposto já não é muito simpático. Se não fosse assim, poucos se disporiam a perder tempo para se deslocar até a urna. Não bastasse, ainda temos que engolir a palhaçada do horário eleitoral gratuito, apesar de que podemos desligar a televisão. Mas a maioria gosta desse tipo de coisa. Tudo é motivo para festa, aposta. Fica torcendo para que o candidato em quem ele votou chegue em primeiro, acompanhando a contagem dos votos como se fosse concurso de escolas de samba. Discute, sai no braço, deixa de falar, ganha inimigo e até mata. Pior que o sujeito, geralmente, nem conhece a pessoa pelo qual está se aborrecendo. Muito pior é que o único objetivo do candidato é se eleger para usufruir dos benefícios e de todas as mordomias inerentes àqueles que alcançam os três poderes. Depois, eleito, adeus, vai tratar de si, o eleitor que se dane. Se fosse ele faria a mesma coisa.
No caminho para a seção em que eu voto, um homem me abordou dizendo que é mendigo (ele disse mindingo, claro) há mais de dez anos e queria saber se poderia votar. Disse que nem sabe onde foi parar o título, mas queria votar no atual governo, porque pelo menos agora consegue almoçar por um real no restaurante popular e ele tem muito medo que alguém acabe com essa mordomia, então vai ficar mais difícil comer. Arrumar um real é mole, dez é quase impossível.
É por isso que eu voto nulo. Pelo menos do mal do arrependimento não padeço. Além disso levo a vantagem de que não careço decorar número de candidato, levar cola, etc. Também não preciso assistir a debates baixo nível, nem ficar com complexo de culpa se o governo do sujeito eleito não der resultado e ainda posso culpar os outros: “Tá vendo, quem mandou votar no cara?”

Mario Rezende

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A chave do sucesso

“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia.” (Deming, matemático, físico, estatístico e “consultor em gestão da qualidade”)

Iara Luna